segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Branco Chevette.

Fui numa viagem muito loca onde eu nem sabia que templo guardava meu corpo.
A vida tem dessas, dessas de me ir de me voltar.
O bom do mar gente é nadar no desconhecido sem requisitar nenhuma área que pareça perigosa.
Não me lembro de nomes só de rostos, vagamente.
O melhor era aquele som que batia no meu corpo fazendo com que eu sentisse todas as camadas da minha pele movendo-se aleatoriamente, e aquele chevette que parecia parte do chão, fazendo curvas tenebrosas a muitos quilômetros por hora nessa cidade de muitas luzes, luzes distantes, luzes que saiam dos postes, luzes reais e inexistentes.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tão perto e tão longe.

Alessandra se olhava no espelho do banheiro com uma grande sensação de algum tipo de sentimento que sentia. Mesmo não sabendo intitular aquilo, era algo que a inquietava o corpo inteiro.
Góli a olhou como se pudesse compreender algo como quem conviverá a muito tempo.
Posou seus olhos a mirar algo que não lhe cheirava bem porém participava de muitas coisas que ele muito entendia.
-Que foi amor?
Perguntou como se avistasse a alma.
Alessandra sentiu adormecer o lado que pensava, e estatelou os olhos contra a parede.
-Como? Acha que ha algo errado?
-Sim eu acho, é impossível não reparar.
-Pois não há. Lhe dou minha verdade.
E realmente havia um ar diferente no clima e Góli sabia que existia alguma possibilidade de Alessandra ter respondido aquilo como se limitasse o conhecimento do próprio companheiro, como se ele não tivesse desvendado demasiadas coisas sobre o jeito e o mundo que somente ela habitava.
-É mesmo; você nunca molha o cabelo antes de dormir e vejo que hoje você nem ao menos se preocupou em deixar a água cair sobre algumas partes dele.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Não importa o quão grande seja a felicidade ou quantas dela há
mas sim ser feliz.
Logo não importa se terás teu coração por inteiro ou só pela metade.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Clarão

Desde pequena eu sempre soube que vivia pra viver desafios. O tempo passou e a diferença hoje é que eu não cresci muito, digo continuo a mesma nanica de sempre.. E sei que os desafios são grandes, maiores que eu.
Tudo aquilo que há de novo assusta, machuca, retrai. Comigo hoje é diferente. Quase nada mais é tão surpreendente, não tem graça.
Posso ter sido ingênua, boba e fútil, mas sempre sincera e me orgulho profundamente por isso, pois as pessoas que mentem pra si mesmo nunca saberão realmente o que elas são e no que elas poderão vir a se tornar. Nunca sentirão a dor de algo que dói muito e nunca saberão como é chegar num dia tão esperado, tão acreditado.
Me orgulho de ser quem sou, mesmo as vezes não sabendo direito, e as vezes sendo tão surpreendente para mim mesma, sou completamente apaixonada por mim. Aprendi  que o segundo impacto não é mais tão impactante quanto o primeiro, pois o coração não acelera, as mãos não soam frio, e a ansiedade passa longe.
Estranho é desconhecer o bem que faz a dor, que sentimentos vão e vem, e eles percorrem milhas dos nossos corpos.
Hoje  não fico gastando meu tempo e me preocupando em saber como vou sobreviver.
Engrossei.
A vida me propôs tudo ou nada, e eu; sou um alguém que precisa de poucos milésimos pra pensar e escolher algo. Não me importo com o que virá amanhã, na verdade me importo, me importo muito, pois trato o hoje muito bem, automaticamente.
E graças, graças a Deus, posso dizer com toda firmeza que sou uma pessoa iluminada.
Sou grata pela vida, ela foi rude comigo, órfã de carne, mas sempre foi meu pai e minha mãe, pai pelas brocas, choros e proteção, e mãe por todas as vezes que me pegou no colo e mostrou-me o melhor caminho.
Nunca fiz as melhores escolhas mas escolhi aquelas que me tornaram melhor.